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18 de ago. de 2012

70 paradas cardíacas em 12 horas

Fonte G1
Por 70 vezes, o coração parou. Por 70 vezes, ele foi reanimado e voltou à vida. Tudo isso num período de 12 horas. Inédito na cardiologia brasileira, o caso do eletricista mineiro Francisco Xagas Silva, 66, intriga médicos e deve ser publicado em breve no periódico "Ressuscitation", referência mundial na área.

Tudo começou com um infarto, no dia 31 de dezembro de 2008. À época, ele fumava dois maços de cigarro por dia. Ao ver o marido com dor no peito, pálido e com diarreia, a mulher, Fidélia, 55, chamou o Samu. Foi a sorte. Na ambulância, ele desmaiou.
No pronto-socorro, teve a primeira parada cardíaca. "Eu não me lembro de nada. Apaguei", conta Silva.

O eletricista Francisco das Xagas Silva, 66, se exercita em Belo Horizonte
Imagem Google

Já Fidélia se lembra de tudo. "O médico dizia: 'Ele tá muito mal, sofreu parada cardíaca. Prepare-se para o pior. Eu ajoelhei no chão e pedi: 'Doutor, salve meu marido. Não desiste dele, não'."
E o médico, do SUS, não desistiu. A cada parada cardíaca, o reanimava com massagens, choque no peito e altas doses de antiarrítmicos. Foi assim por quase 12 horas.
Com o coração estabilizado, ele foi transferido para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, onde recebeu uma ponte de safena e três stents ("mola" para abrir artérias).
Na UTI, sofreu embolia pulmonar, insuficiência respiratória e infecção generalizada. Ficou 15 dias em coma.
"Os médicos diziam: 'Ele tá bem ruim. Se sobreviver, deve ficar com sequelas'. Eu só rezava", lembra Fidélia.
"Quando o telefone de casa tocava, dava um frio na espinha, a gente travava diante do aparelho. Não conseguia atender", conta a filha Ninótica, 32, enfermeira.
Mais uma vez, Silva surpreendeu. Voltou do coma intacto. "Sabia até as senhas do banco", diz a mulher.
Do período em que ficou entre a vida e a morte, ele se lembra apenas da sensação de estar em um navio afundando. "Eu pelejava para sair e não conseguia."
A história das "70 vidas" de Francisco Silva só foi resgatada recentemente, quando a enfermeira Daniela Morais pesquisava casos de paradas cardiorrespiratórias atendidos pelo Samu-BH entre 2008 e 2010 para a sua tese de doutorado na UFMG. Foram 1.165 pacientes -239 encaminhados a hospitais.
"A maioria faleceu nas primeiras 24 horas. A história do Francisco é a mais incrível."
O cardiologista Sergio Timerman, médico do Incor (Instituto do Coração) e um dos examinadores da banca de doutorado de Daniela, endossa: "Nunca vi nada igual." Segundo ele, é comum o paciente sofrer, no máximo, quatro paradas cardíacas após um infarto. "Setenta é, sem dúvida, um caso único."
SORTE
Para a família Silva, a explicação para o fato tem uma só palavra: milagre. Já Timerman levanta três hipóteses.
A primeira é a boa condição clínica (apesar da diabetes e do tabagismo) do paciente. A segunda é ele ter recebido uma ressuscitação de alta qualidade.
"A terceira é a sorte. Sem dúvida, esse é um homem de sorte", diz o médico.
Silva segue desafiando a sorte. Após o infarto, ele parou com os cigarros, começou a praticar exercícios, mas abusa dos doces, mesmo com a diabetes descompensada.
"Ele come doces escondido. Dá um trabalhão", entrega a mulher. "São só umas balinhas", desconversa ele.

Imagem Google

O histórico de sobrevivência desse "highlander" (guerreiro imortal escocês do século 16 do filme de 1986) mineiro é antigo.
Aos 17 anos, ele teve uma úlcera supurada. Aos 26, contraiu tuberculose. Em 1999, sofreu uma trombose na perna. Fez uma cirurgia para revascularizar a área, mas teve que amputar o dedão do pé.
No local da amputação, surgiu uma ferida que não cicatrizava. Os médicos, de novo, recomendaram a amputação. Silva disse não. "Nasci com a minha perna e vou morrer com ela."
A mulher e a filha assumiram o risco e o levaram para casa. "Ficamos sete meses fazendo curativo, até cicatrizar a ferida", lembra Ninótica.
Em 2004, Silva fez uma cirurgia para retirar três tumores (benignos) na próstata e contraiu uma infecção generalizada. Também se safou.
"Rezo muito pouco, mas sou devoto de Nossa Senhora de Fátima. Acho que tem um dedinho dela nisso tudo."

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15 de ago. de 2012

Operário foi atingido por vergalhão no crânio

Fonte G1

Operário no Rio foi atingido por vergalhão na quarta-feira 15/08/2012 e passa bem. Segundo cirurgiões, pode haver alterações emocionais e comportamentais.

Quem vê o caso do operário Eduardo Leite, de 24 anos, que sobreviveu sem sequelas após ser atingido no crânio por uma barra de ferro de dois metros de comprimento, enquanto trabalhava em uma obra na zona sul do Rio, pensa que se trata de um milagre. Mas a medicina explica o que aconteceu com o jovem, que não perdeu a consciência em nenhum momento.
Segundo o chefe do serviço de neurocurgia do Hospital Municipal Miguel Couto, Ruy Monteiro, que operou o rapaz, o vergalhão ficou alojado na parte frontal do cérebro, entre a área que coordena o comportamento e as emoções e a região dos movimentos e da coordenação motora.
Caso o objeto estivesse 1 centímetro mais para trás, Eduardo poderia teria ficado com o lado esquerdo paralisado. Um pouco mais, e não mexeria os braços e as pernas. Também poderia haver perda da sensibilidade e da percepção de temperatura.
Além disso, se a barra tivesse entrado 1 centímetro para a direita, o operário teria perdido um olho. A sorte é que nenhuma estrutura importante de veias e artérias foi prejudicada.
"A ciência ainda não conhece claramente a função dessa área afetada, não é nítida. Mas não adianta fazer testes nessa fase, isso fica para a reabilitação. Se tiver alguma alteração percebida pela família que atrapalhe a vida do paciente, aí serão indicados exercícios específicos de neuropsicologia", detalha Monteiro.
Segundo o neurocirurgião Nilton Lara Junior, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, se fosse se manifestar alguma sequela grave, isso ocorreria imediatamente. Com o tempo, a tendência da situação cerebral é melhorar, e não piorar. "Mas, como não existe nenhuma parte 'silenciosa' ou sem função no cérebro, esse rapaz precisa passar por uma avaliação posterior".
Imagem Google

Entre as áreas do operário que podem ter sido comprometidas, o médico cita o raciocínio, a memória e a localização espacial ou temporal. Além disso, pode haver alterações na capacidade de controle das emoções, como demonstrações exacerbadas de sentimentos ou a redução de manifestações afetivas."Não é que a pessoa vai perder essa função, mas pode ficar pouco emotiva", diz o neurocirurgião.
Como foi a cirurgia

Eduardo foi atendido no local do acidente, teve a barra de ferro serrada (ficou com 1,2 m) e foi encaminhado para o Miguel Couto.
Ao chegar, passou por uma avaliação, foi estabilizado clinicamente e fez uma tomografia do cérebro, que mostrou com precisão onde o objeto estava alojado e como deveria ser feita a cirurgia, que acabou durando 5 horas.
Após a anestesia geral do paciente, a equipe médica limpou e escovou o vergalhão durante 25 minutos com uma solução de sabão e um antisséptico. Uma tampa do crânio foi aberta para visualizar o tamanho da lesão. Os cirurgiões aplicaram soro fisiológico para limpar a área e acabaram tirando o objeto por baixo, próximo ao nariz, para evitar um maior risco de contaminação.
"Esse foi o momento mais crítico, pois poderia haver alguma lesão vascular e hemorragia", lembra Monteiro.
Pelas próximas duas semanas, Eduardo vai receber antibiótico na veia para prevenir infecções, já que a barra que entrou na cabeça dele estava suja. A internação também deve durar mais ou menos esse período, segundo o neurocirurgião.
"Agora, passadas mais de 48 horas da operação, o risco é menor. E, depois das primeiras 72 horas, é pouco provável que ele tenha inchaço no cérebro", diz Monteiro. 
O médico conta que Eduardo já está lúcido e conversando normalmente. Assim como outros pacientes com esse tipo de trauma, ele vai precisar fazer um acompanhamento no local, mesmo após receber alta. Em geral, são seis meses.
O especialista já atendeu outras vítimas parecidas, com um homem agredido com um machado, que acabou perdendo a visão e teve problemas motores, há cerca de dez anos.
Em outro caso, uma pessoa foi atingida na cabeça pelo retrovisor de uma motocicleta e acabou morrendo depois, por uma complicação infecciosa.
Manutenção da consciência

Eduardo se manteve acordado durante todo o tempo após o acidente, e isso também tem um porquê. De acordo com o médico Nilton Lara Junior, o encéfalo – formado pelo cérebro, bulbo e cerebelo – não tem relação com a consciência, o coma e o ciclo de vigília e sono, por exemplo.
"Essa região é comandada pelo tronco cerebral, que é mais antigo no processo de evolução e encontrado em todos os vertebrados. Quanto mais complexo for um animal, mais ele vai desenvolver o encéfalo, com ações importantes como o raciocínio", afirma.
O neurocirurgião aponta que o fato de o paciente ser jovem ajuda muito na resposta. Isso porque os neurônios, apesar de não se reproduzirem, são capazes de se adaptar a novas situações e adequar a comunicação entre si – as chamadas sinapses. Assim, as células do cérebro criam novos caminhos e acabam recuperando parte das funções perdidas. Terapias cognitivas, comportamentais e ocupacionais também aceleram esse processo.

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19 de jul. de 2012

Versão da Peste Negra na atualidade...

Fonte G1
Americano contrai versão de peste que dizimou Europa na Idade Média. Paul Gaylord pegou doença ao tirar rato da boca de seu gato, que morreu. Soldador de 59 anos já perdeu a ponta dos dedos da mão e dedões do pé.
Um soldador americano de 59 anos contraiu uma versão da peste negra (também chamada de bubônica), causada pela bactéria Yersinia pestis – presente nas pulgas de roedores – e responsável pela morte de um terço da Europa no fim da Idade Média.
Paul Gaylord pegou a doença ao tentar retirar um rato da boca de seu gato, Charlie, que se engasgou com o roedor e acabou morrendo depois disso. O americano vive no estado do Oregon, e já perdeu a ponta dos dedos das mãos e os dedões do pé. Além de não ter mais como ganhar a vida, o trailer onde ele mora está infestado de ratos.
Em uma foto tirada no dia 11 de julho pela família, o soldador aparece em um hospital da cidade de Bend para tentar se recuperar da peste.

Peste negra (Foto: The Gaylord Family/AP)
Mão do americano está toda enegrecida por causa da bactéria contraída por ele (Foto: The Gaylord Family/AP)Peste negra 2 (Foto: The Gaylord Family/AP) Paul Gaylord tenta se recuperar da doença em um hospital do Oregon, nos EUA (Foto: The Gaylord Family/AP)

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