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30 de set. de 2011

Espaço Confinado - Parte II


ESPAÇOS CONFINADOS - RISCOS
A ocorrência de uma atmosfera perigosa pode ter como causa gases e vapores remanescentes do material armazenado anteriormente no espaço ou ainda, numa forma mais sutil, deslocados através de tubulações ou outras formas de ligação quando o espaço esta agregado a um sistema. Além disso, mesmo a água ou outros líquidos que por alguma razão estejam presentes nesse espaço podem absorver ou reagir com o oxigênio do ar, podendo ocorrer ainda na remoção de lamas ou resíduos ocorrer a liberação de gases e vapores. Devemos também levar em conta que a própria operação a ser realizada no local pode conduzir a riscos e perigos, como por exemplo soldas e cortes a maçarico.
Vejamos a seguir um pouco de mais detalhes sobre este assunto. Trata-se de uma parte bastante interessante para quem deseja conhecer um pouco mais sobre o assunto, embora seja matéria básica de qualquer curso de formação em Segurança do Trabalho.
Os casos de atmosfera perigosa caracterizam-se geralmente  basicamente em:
-   deficiência de oxigênio
-   gases e vapores combustíveis ou inflamáveis
-   gases e vapores tóxicos
-   Névoas ou neblinas tóxicas e fumos metálicos
Quando falamos de deficiência de oxigênio nos referimos ao ar normal conter 21 % de oxigênio. Nos espaços confinados este nível pode baixar, seja pelo seu consumo lento ou pelo deslocamento causado por outros gases. Trata-se na verdade de riscos bastante difíceis de serem vistos pelos olhos dos leigos, já que o consumo lento pode ocorrer devido a ação de bactérias aerobicas (que consomem oxigênio) e liberam gás carbônico ou mesmo pela oxidação de metais, um caso comum - o enferrujamento de ferro. Já o deslocamento ocorre pela presença ou uso de gases como nitrogênio, carbônico, argônio e o hélio.
Já ao falarmos de gases e vapores combustíveis e inflamáveis, nos referimos a  presença de elementos que podem inflamar ou explodir mediante uma fonte de ignição. Obviamente, isso depende das concentrações estarem dentro das faixas de inflamabilidade ou explosividade. Atenção especial deve ser dada a espaços utilizados ou ligados a instalações com uso de solventes, gasolina, GLP, álcool, desengraxantes, etc.

Imagem Google

No que diz respeito aos gases e vapores tóxicos, a primeira referência a ser tomada como base são o limite de tolerância e tempo de exposição. No entanto, uma análise simplória e sem maior embasamento técnico ou pesquisa e ainda AVALIAÇÃO POR INSTRUMENTOS pode ser catastrófica, principalmente por não sabermos ao certo o que de fato há dentro de um espaço destes, segundo pela possibilidade de gases e vapores serem formados em reações, sejam elas naturais ou causadas pela natureza do trabalho a ser realizada, seus equipamentos e meios. Para liberar este tipo de trabalho é necessário que o profissional responsável tenha alguns conhecimentos de toxicologia, em especial no que diz respeito aos gases irritantes e asfixiantes.
Já no caso das névoas ou neblinas tóxicas e fumos metálicos , estes estão geralmente associados a realização de soldas em superfícies metálicas que contenham chumbo, cromo, níquel, etc.  ou ainda em casos de pintura.
Além das questões da atmosfera perigosa, devemos em conta ainda a possibilidade de riscos menos subjetivos, tal como o contato da pele e olhos com substâncias agressivas.
Essencial a qualquer programa de riscos para espaços confinados e o estudo dos meios e possibilidades para retirada e socorro das pessoas. Os meios de minimização de conseqüências devem ser levados em conta em trabalhos desta natureza.
ESPAÇOS CONFINADOS - POR ONDE COMEÇAR UM TRABALHO ?
Diz um citação popular, que para se chegar a algum LUGAR é preciso primeiro saber para onde se quer ir. Sempre achei que esta citação se aplica em muitas situações da prevenção de acidentes. No caso de um Programa de Prevenção para Espaços Confinados a coisa não foge da regra. Antes de qualquer coisa é precisos saber o que temos dentro de nossas empresas. Surge então a fase de reconhecimento e a experiência mostra que quase sempre ele implica em surpresas já que acabamos descobrindo que certas situações que nos pareciam por demais seguras não eram bem assim.
Obviamente cada um faz a coisa como entende melhor, na minha forma recomendo que mesmo que demore um pouco mais, comece seu Programa pelo convencimento de uma pequeno grupo de pessoas. Sem ser o arauto da infortunistica, tome como objetivo expor gradativamente a outras pessoas a questão. Faça isso com grupos de manutenção, engenharias, etc. Feito isso parta para uma etapa de reconhecimento e identificação e se possível o faça com o envolvimento das pessoas a quem expôs o problema. Tendo em mãos uma listagem de espaço confinados, estude-os. Poucas coisas são gratificantes em nossa área como estuda-la ! Defina critérios, crie, conheça a experiência de outros colegas, mas ao final tenha em mãos um trabalho capaz de garantir a segurança das pessoas. Entre outras coisas leve em conta a comunicação com outros espaços, tubulações, o tipo e a natureza dos produtos presentes, a qualidade dos acessos e saídas, fontes de energia, etc.
Tendo em mãos os dados, certamente você precisará definir um procedimento para estes trabalhos. Mais uma vez digo que cada um trabalha como acha certo, de minha parte recomendo a elaboração de um núcleo comum de ações, mas que cada espaço tenha seu próprio procedimento e sempre que possível que ele esteja colocado bem ali na porta de acesso ou qualquer outro lugar que as pessoas possam ler. Quer que as pessoas realmente leiam : então por gentileza, escreva-o em linguagem acessível e interessante.
Este procedimento vai depender muito da realidade de sua empresa. Em empresas de maior porte e onde há uma quantidade maior de espaços confinados é essencial a definição de uma sistema de liberação de serviços - as chamadas OS, AES ou coisas assim. O grau de atenção e o envolvimento de mais especialistas depende também da complexidade e potencial de riscos dos espaços existentes; A utilização de equipamentos de medição também depende de uma série de fatores,; caso opte por fazer uso de um destes, mantenha-o calibrado e em pleno estado de funcionamento.
Como base para seu trabalho, a ser escrito e implantado, tenha sempre em mente que a prevenção de acidentes nestes locais deve ser feita em fases que se complementam, prevendo o planejamento correto, a execução em si e as necessidades especiais de reação ou minimização (socorro).
Enfim, esta é um breve e pequena colaboração, não para os especialista que sabem que o assunto poderia ser mais explorado, mas para os prevencionistas assim como eu - comuns - que no dia a dia enfrentam a lida com as situações mais variadas.

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