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17 de dez. de 2011

Campos Eletromagnéticos

Autor Ricardo Matos

A construção e manutenção de um ambiente de trabalho seguro e saudável não é uma tarefa fácil. Ela requer disciplina, dedicação convencimento e capacitação técnica. Os riscos associados ao exercício profissional têm uma ampla variedade de agentes, com atuação permanente no ambiente de trabalho. Antecipar, reconhecer, avaliar e controlar esses riscos é obrigação legal do empregador e compromisso dos profissionais especializados em segurança e saúde. Entretanto, as ações dessas duas partes só alcançam resultados efetivos com a participação ativa dos trabalhadores, pois são eles que atuam diretamente nos sistemas.

Imagem Google

No caso específico dos profissionais de radiologia, esse aspecto é ainda mais evidente e importante, uma vez que a sua atividade requer o manejo direto dos agentes de risco, no caso as radiações. À sua própria segurança, soma-se a responsabilidade pela segurança dos pacientes (no ambiente hospitalar), dos colegas e do público em geral.
O desenvolvimento tecnológico, tanto na área de ensaios não destrutivos quanto na área médica, se faz acompanhar de outros agentes de risco, cujos efeitos biológicos ainda não são plenamente conhecidos; é o caso das radiações não ionizantes. Nelas estão incluídos os campos magnéticos estáticos, campos de freqüência extremamente baixa, radiofrequência (incluindo microondas), infravermelho, ultravioleta, radiação visível e campos acústicos específicos como o ultra-som e o infra-som.
Em algumas dessas aplicações, já existem recomendações técnicas de segurança, especialmente a respeito de monitoramento, sinalização e procedimentos. As pesquisas que vêm sendo feitas em todo o mundo, ainda não estabeleceram, de forma consensual, relação direta entre a exposição ocupacional a radiações não ionizantes e os efeitos biológicos de longo prazo, entretanto alguns efeitos imediatos já foram detectados, em alguns estudos, como a fadiga, perda de apetite, irritação ou formigamento da pele.
Enquanto a comunidade científica trabalha na definição mais apurada dos limites de exposição, a regra geral estabelecida pela Associação Internacional de Proteção Radiológica (IRPA - International Radiation Protection Association) é manter a exposição ocupacional e do público tão baixa quanto razoavelmente praticável. Ora, isso significa que todos os esforços devem ser feitos para reduzir ao máximo todo o tipo de exposição a essas radiações, sem prejuízo da sua utilização. Dessa forma, o que se pretende destacar, é o caráter fundamental das medidas de segurança, que não podem ser desprezadas pelo fato de as radiações serem não ionizantes. Essa expressão, serve para caracterizar o tipo de radiação e sua interação com a matéria, e de forma alguma para considerá-las de maior ou menor risco.

Imagem Google

Os profissionais de radiologia devem procurar a atualização técnica permanente, não só quanto à utilização das novas tecnologias, mas também com as implicações delas decorrentes na sua saúde e segurança, bem como naqueles que estão sob a sua responsabilidade técnica e profissional. O exercício legal da profissão passa pela exigência de condições de trabalho compatíveis com as normas e recomendações técnicas vigentes, compreendendo que no ambiente de trabalho também se constrói qualidade de vida.

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