Campos Eletromagnéticos
Autor Ricardo Matos
A construção e manutenção de um ambiente de trabalho seguro e saudável não é uma
tarefa fácil. Ela requer disciplina, dedicação convencimento e capacitação
técnica. Os riscos associados ao exercício profissional têm uma ampla variedade
de agentes, com atuação permanente no ambiente de trabalho. Antecipar,
reconhecer, avaliar e controlar esses riscos é obrigação legal do empregador e
compromisso dos profissionais especializados em segurança e saúde. Entretanto,
as ações dessas duas partes só alcançam resultados efetivos com a participação
ativa dos trabalhadores, pois são eles que atuam diretamente nos sistemas.
Imagem Google
No caso específico dos profissionais de radiologia, esse aspecto é ainda mais
evidente e importante, uma vez que a sua atividade requer o manejo direto dos
agentes de risco, no caso as radiações. À sua própria segurança, soma-se a
responsabilidade pela segurança dos pacientes (no ambiente hospitalar), dos
colegas e do público em geral.
O desenvolvimento tecnológico, tanto na área de ensaios não destrutivos
quanto na área médica, se faz acompanhar de outros agentes de risco, cujos
efeitos biológicos ainda não são plenamente conhecidos; é o caso das radiações
não ionizantes. Nelas estão incluídos os campos magnéticos estáticos, campos de
freqüência extremamente baixa, radiofrequência (incluindo microondas),
infravermelho, ultravioleta, radiação visível e campos acústicos específicos
como o ultra-som e o infra-som.
Em algumas dessas aplicações, já existem recomendações técnicas de segurança,
especialmente a respeito de monitoramento, sinalização e procedimentos. As
pesquisas que vêm sendo feitas em todo o mundo, ainda não estabeleceram, de
forma consensual, relação direta entre a exposição ocupacional a radiações não
ionizantes e os efeitos biológicos de longo prazo, entretanto alguns efeitos
imediatos já foram detectados, em alguns estudos, como a fadiga, perda de
apetite, irritação ou formigamento da pele.
Enquanto a comunidade científica trabalha na definição mais apurada dos
limites de exposição, a regra geral estabelecida pela Associação Internacional
de Proteção Radiológica (IRPA - International Radiation Protection Association)
é manter a exposição ocupacional e do público tão baixa quanto razoavelmente
praticável. Ora, isso significa que todos os esforços devem ser feitos para
reduzir ao máximo todo o tipo de exposição a essas radiações, sem prejuízo da
sua utilização. Dessa forma, o que se pretende destacar, é o caráter fundamental
das medidas de segurança, que não podem ser desprezadas pelo fato de as
radiações serem não ionizantes. Essa expressão, serve para caracterizar o tipo
de radiação e sua interação com a matéria, e de forma alguma para considerá-las
de maior ou menor risco.
Imagem Google
Os profissionais de radiologia devem procurar a atualização técnica
permanente, não só quanto à utilização das novas tecnologias, mas também com as
implicações delas decorrentes na sua saúde e segurança, bem como naqueles que
estão sob a sua responsabilidade técnica e profissional. O exercício legal da
profissão passa pela exigência de condições de trabalho compatíveis com as
normas e recomendações técnicas vigentes, compreendendo que no ambiente de
trabalho também se constrói qualidade de vida.
0 comentários:
Postar um comentário