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11 de nov. de 2011

Os Custos dos Acidentes de Trabalho – Uma Abordagem Visionária Diferenciada

Por Marcelo Leonardo Braga de Oliveira

Os acidentes de trabalho e doenças profissionais custam tempo e dinheiro. Apesar de se estimarem elevados, os custos com acidentes de trabalho e com doenças profissionais raramente são avaliados ao nível das empresas, o que dificulta a aferição dos respectivos impactos socioeconômicos. 

 Para facilitar o entendimento, é importante compreendermos que acidente de trabalho é entendido de forma legal como “o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, que provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”, mas, pode ainda ser definido pela sua forma prevencionista, que se dará da seguinte maneira, “acidente do trabalho é toda ocorrência não programada ou prevista, estranha ao andamento normal do trabalho, da qual possa resultar danos físicos e/ou funcionais ou lesões ao trabalhador e/ou danos materiais e econômicos à empresa”. È importante esclarecermos ainda que e a doença profissional é “toda e qualquer deficiência e/ou enfraquecimento da saúde humana, causada por uma exposição contínua a condições inerentes à ocupação de uma pessoa”. 
     Todo esse processo gera um determinado custo para a empresa, custo este que de alguma forma é repassado ao cliente. 

Imagem Google

     O processo ocorre de forma natural, isto é, o acidente ou a doença profissional gera custo que onera a produção, daí podem ocorrer três situações diferenciadas, porém uma não menos grave que a outra: 

1º situação – o empresário busca não assumir os custos decorrentes deste processo acidentário e, repassa ao cliente através do aumento do preço de venda de seus produtos ou serviços, ao realizar este procedimento, o empresário torna-se menos competitivo uma vez que seus produtos são mais caros. 

          2º situação – o empresário absorve o custo acidentário, não imputando-o sobre o preço de venda, nem repassando-o em espécie alguma ao seu cliente, dessa forma o cliente não sofre quaisquer consequências das falhas no processos produtivo, porém, o empresário reduz a margem de lucro de seus produtos ou serviços e com isso parte da sua receita que poderia ser voltada para o aumento da qualidade dos seus processos, melhoria de maquinários e equipamentos, investimento no estímulo motivacional de seus empregados e outros investimentos com foco no processo de melhoria contínua empresarial, perde eficácia podendo não atingir a excelência. 
          3º situação – O cliente compra do concorrente o produto ou serviço, uma vez que o produto ou serviço em questão tornou-se oneroso em função dos custos de acidentes e doenças profissionais a ele imputados. Essa é a mais grave de todas as situações, do ponto de vista empresarial. O Gestor Empresarial deve ter visão aguçada para entender quando e quanto lhe é válido investir em prevenção de acidentes afim de não onerar seu produto e nem reduzir sua margem de lucro por motivos de acidentes e doenças profissionais, motivos estes considerados desnecessários e dispendiosos, ou seja, desperdícios.

Imagem Google

     Em uma empresa, somente existe uma fonte de entrada de capital financeiro, o CLIENTE. Por tanto, ao final deste trajeto, podemos analisar que o processo acidentário causa prejuízo de forma coletiva, ou seja, à empresa que perde qualidade de seus produtos e estes ainda perdem competitividade no mescado; o empresário que não consegue extrair o melhor em seu preço de venda, perdendo no ponto de vista estratégico; o empregado, pois, parte da receita que poderia ser a ele destinada sob forma de oportunidades de crescimento, não será para cobrir estes desperdícios. 

O que o empregado tem de compreender é que se ele faz parte da empresa, ele crescerá ou estagnará junto com ela. A medida que uma empresa se torna sofisticada o funcionário também deve tornar-se. Certa vez em um encontro de canavieiros na região de Uberaba-MG, alguém da platéia indagou um dos palestrante sobre a mecanização na colheita de cana, no quesito redução da mão de obra. O palestrante bastante inteligente disse que a mecanização não retiraria o emprego dos cortadores de cana, mas, por outro lado, forçaria-os a se especializarem na atividade de operadores de máquinas mecanizadas. 

 Os empregados que obtiverem essa visão de mudança serão aqueles que farão parte da nova etapa de “empresas sofisticadas”. Assim ocorre em todas as área da empresa. 
 Por outro lado, o Gestor tem um papel fundamental na conscientização de seu pessoal, cabe a ele saber como cada um de seus subordinados reagem à determinadas ações, pois, para cada ação há um reação de igual intensidade. E o gestor que souber como é a reação de cada um de seus subordinados poderá usar esta em beneficio da massa e traçar assim planos estratégicos com excelência. 
 Os serviços de Segurança do Trabalho, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade são ainda vista por muitos empresários como um “gasto desnecessário”, mas, no mundo corporativo não existe espaço para coincidências e sabe-se que as empresas que levam os profissionais destas áreas à sério permitindo que desenvolvam um bom trabalho e subsidiando tal, tem despontado das demais através da redução dos custos de produção e consequentemente agregando qualidade aos seus produtos e serviços. 
Nenhum sucesso na produção compensa o fracasso na segurança.

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